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Carlos Alberto Dias, argumentista do “Conversas Mundanas”

Carlos Alberto Dias é escritor e argumentista, nasceu a 8 de outubro de 1994 e é natural e residente em Rebordosa (Paredes). Tirou a licenciatura em Ciências da Comunicação na UTAD, em Vila Real, e pós-graduação em Desenvolvimento de Projeto de Cinema na ESTC, na Amadora. Apaixonado pela escrita desde o sétimo ano, lançou um livro de poesia “Definições, Vol.1”, segue o lado de letrista para músicas e participou em projectos cinematográficos, como parte da produção e/ou figurante na curta-metragem “Não é permitido sair com flores” e no futuro filme “Best Cop Ever”.

Foi ele quem teve a ideia e escreveu a nossa curta-metragem “Conversas Mundanas”.


“Conversas Mundanas” nasce no tempo em que tirou pós-graduação na Escola Superior de Teatro e Cinema, na Amadora. Desde que começou a escrever histórias nos mais variados formatos, procurou sempre desenvolver os elementos que lhe fascinavam na arte do guionismo, tais como escrever letras para música ou musicais, transições ou variações, escrever momentos de ação, entre outras, como um estudo prático. Nessa consciência, um dos trabalhos incluídos nessas aulas seria criar uma narrativa (ou curta-metragem) a rondar os dez minutos, ou as dez páginas. Com este desafio, decidiu apostar no elemento do guião que sempre desejou abordar e que sempre o fascinou, que era o desenvolvimento de toda uma cena, independente do género em torno de um diálogo.

Para Carlos, o mais fácil foram as personagens e o título. Sempre quis ligar uma narrativa à palavra “mundana”, porque sentiu que tudo o que fazemos de bom, de mau ou de trágico faz parte da nossa vida mundana, e quanto mais vemos todas essas facetas da humanidade, mais espaço daremos para nos conhecermos verdadeiramente. Já a questão das personagens, o seu foco sempre foi na questão da dicotomia em alguém que deseja aproximar-se e o outro que deseja afastar-se, e para isso necessitaria de um motivo forte, naturalmente a tensão surge em torno das questões da depressão, o desespero e a doença. Com estes ingredientes, acabou a narrativa com imenso coração e facilidade.


Deixou o guião na gaveta por uns tempos, até contactar a agora produtora e realizadora do projecto, Liliana Gaito. Ela não só decidiu acreditar no projecto, também desafiou cada momento do mesmo, fê-lo perceber que não nomear a doença iria tornar a narrativa vaga e evasiva, por isso Carlos decidi escolher a Doença de Huntington, pela sua malícia que causa no corpo humano, pela pouca representação aqui em Portugal e porque desde o início baseou-se na grande parte os sintomas da personagem em questão exactamente nessa mesma condição, doença que conheceu na série Dr. House.


Outro desafio que lhe foi dado com o decurso do projecto foi a necessidade da reescrita, adaptando-o à nacionalidade brasileira do elenco. No início acreditava que a narrativa iria perder o foco humano e as temáticas que desejaria inserir, junto com a representação portuguesa relativo à doença. Mas rapidamente a sua ideologia mudou, porque à medida que foi fazendo a sua pesquisa, entendeu que usar a imigração, as perspectivas da saudade, e que viver uma cultura diferente, não só poderia elevar o coração da narrativa, como também poderia torná-la numa mensagem mais universal, tanto para Portugal, como para toda a lusofonia. Aprendeu que são estes desafios que fazem de sei um melhor profissional.


Por fim, o produto final entra para produção muito mais rica em conteúdo do que as suas primeiras versões. Esta sua história está pronta para nascer. Carlos mal pode esperar para ver este sonho seu materializado e oferecido a todos vós.



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